Câncer de Ovário

O câncer de ovário é a segunda neoplasia ginecológica mais comum entre mulheres. Ele fica atrás apenas do câncer do colo do útero, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA). Quase todos os casos da doença (95%) têm origem no tecido que reveste o ovário. Os outros 5% provém das células que formam os óvulos e/ou das que produzem a maior parte dos hormônios femininos.

O câncer de ovário se desenvolve com mais frequência em mulheres entre 50 e 70 anos, atingindo cerca de uma a cada 70 mulheres em todo o mundo. No Brasil, o INCA registra mais de 7 mil novos casos todos os anos — e bem mais da metade deles é fatal.

Em algumas pacientes, o câncer que se desenvolve nos ovários é resultado de uma recidiva do câncer, proveniente de outros órgãos do corpo. Da mesma forma, ele pode se originar no ovário e se disseminar para outras regiões, como útero, bexiga, baço, fígado e até pulmões.

Imagem Câncer de ovário

Quais os fatores de risco para o câncer de ovário?

O câncer, como sempre destacamos aqui, é uma doença multifatorial. Isso significa que um tumor no ovário pode ter origem em várias circunstâncias. No entanto, conforme as estatísticas, é possível destacar alguns dos fatores de risco mais relevantes para o surgimento da doença:

  • envelhecimento: o câncer de ovário, sobretudo o originado nas células epiteliais, aumenta com o avanço da idade;
  • fatores reprodutivos e hormonais: as mulheres com infertilidade têm maior propensão a desenvolver a doença. Já aquelas que recorrem a contraceptivos orais, têm menos risco;
  • número de filhos: mulheres que tiveram vários filhos parecem ter menos risco de desenvolver a doença. Por outro lado, aquelas que nunca tiveram filhos apresentam um risco aumentado para câncer de ovário;
  • vida fértil: quem teve a primeira menstruação antes dos 12 anos e menopausa tardia – após os 52 anos, pode ter mais risco de surgimento do câncer de ovário;
  • histórico familiar: as mulheres com história familiar de cânceres de ovário, de mama e colorretal podem ser mais suscetíveis a desenvolver a doença;
  • obesidade: o excesso de gordura corporal é um fator que aumenta o risco de desenvolvimento de câncer de ovário.

Quais os sintomas do câncer de ovário?

Como dissemos no início, os sintomas do câncer no ovário nem sempre são precisos e podem demorar a se manifestar. Algumas mulheres com este tipo de  câncer têm sinais vagos, que se confundem com outras doenças de baixa gravidade — e até mesmo com sintomas de menopausa.

Por essa razão, é fundamental estar atenta a qualquer alteração recorrente, por mais que pareça apenas um mal-estar passageiro. Os sintomas de câncer de ovário mais recorrentes são:

  • sangramento vaginal anormal;
  • desconforto ou dor abdominal, como gases, indigestão, cólicas e inchaço;
  • sensação de peso no estômago, mesmo após refeições leves;
  • náuseas;
  • mudanças intestinais, como diarreia e/ou prisão de ventre;
  • necessidade frequente de urinar;
  • alterações de peso, que pode ser perda ou ganho, sempre de forma inexplicável;
  • perda de apetite;
  • cansaço incomum;
  • dor nas costas;
  • dor durante o ato sexual.

Em alguns casos, mais raros, os tumores de células germinativas ou de célula de estroma podem produzir hormônios masculinos. Com isso, a mulher pode ter crescimento excessivo de pelos pelo corpo.

O que fazer ao perceber sinais do câncer de ovário?

A melhor atitude contra o câncer de ovário é estar atenta aos sinais, além de manter uma rotina regular de consultas médicas e exames preventivos, de acordo com a faixa etária e o histórico pessoal. Fora dessa rotina, ao se perceber diante de algum sintoma do câncer no ovário, é preciso buscar atendimento especializado.

O(a) médico(a) realizará um exame clínico ginecológico e poderá pedir exames laboratoriais e de imagem. Se confirmada a suspeita de um tumor, outros procedimentos e exames podem ser realizados para fazer o estadiamento do câncer e definir a melhor conduta de tratamento.

Fonte: Sbco.org.br

Oncologia e Tratamentos

Dr. Eduardo Pinheiro

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Especialista na área médica de oncologia cirúrgica e cirurgia geral, o médico Drº Eduardo Ruzzante Pinheiro tem experiência em cirurgias minimamente invasivas e enfoque no tratamento de tumores, com cirurgias de alta complexidade, como por exemplo as cirurgias para o câncer de fígado, pâncreas e para carcinomatose peritonial (HIPEC).

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